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Idosa argentina é símbolo da luta pró-liberalização

DO ENVIADO A ATLANTIDA (URUGUAI)

A prisão em janeiro da escritora argentina Alicia Castilla, 67, por cultivar maconha em sua casa, na costa leste do Uruguai, mobilizou o país.

Alicia foi denunciada por ex-colaborador, que a acusou de plantar maconha para traficar. "Eram 29 plantas, estavam pequenas, conseguiria aproveitar menos da metade", disse a escritora à Folha.

Ela passou 95 dias detida por produzir matéria-prima para fabricar substância ilícita -o processo está na Justiça. O presidente José Mujica disse estar "contrariado" com a prisão. O deputado Sebastián Sabini se juntou a um protesto e fumou maconha na porta da Suprema Corte.

Outros uruguaios já tinham sido detidos por plantio; a diferença para a opinião pública era que agora a vítima era uma senhora de cabelos brancos.

"Não quero ficar atrelada à questão da maconha. Eu me considero mais uma militante das liberdades individuais", afirma Alicia.

Ela já publicou livros sobre a maconha na Argentina, no Uruguai e no Brasil, onde viveu por quase 30 anos. É cética sobre a aprovação da liberação do cultivo, mas diz esperar que seu caso seja usado como precedente.

(LF)

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