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Para Brasil, ação coordenada gera novas incertezas

SHEILA D´AMORIM
DE BRASÍLIA

A ação coordenada dos bancos centrais de economias desenvolvidas adicionou incerteza ao cenário com o qual vinha trabalhando a equipe econômica no Brasil.

Apesar de a iniciativa ter sido avaliada como positiva, ficou a dúvida se trata-se de uma medida preventiva ou de uma reação a uma situação específica de algum grande banco que o resto do mundo ainda desconhece.

Até agora, segundo a Folha apurou, o Ministério da Fazenda e o Banco Central têm trabalhado com queda no crescimento da economia brasileira em função da crise, que poderá até ser "raquítico" nesta virada de ano, mas "sem nenhum evento forte no crédito".

Como a ação conjunta dos BCs está endereçada justamente a esse mercado, aumentou o receio entre os técnicos do governo brasileiro de que novos problemas possam surgir nessa área.

Nos bastidores da equipe econômica, defende-se que a situação das instituições financeiras estrangeiras que operam no país não é preocupante porque os bancos aqui são constituídos com total independência da matriz, o que evitaria uma contaminação imediata com reflexo no mercado de crédito, caso haja colapso na sede.

No entanto, sabe-se que diante das perspectivas favoráveis para o Brasil em meio ao caos financeiro mundial, as subsidiárias de bancos que operam no país podem aumentar as remessas de lucros e dividendos para os países de origem para cobrir eventuais rombos no caixa lá fora. Com isso, poderiam ficar com menos recursos disponíveis para emprestar no Brasil.

Esse é considerado um canal de contágio, mas que "não deverá derrubar a economia brasileira". O governo já vem até adotando medidas pontuais para evitar que o crédito limite o crescimento em 2012.

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