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Análise

O dinheiro flui, mas falta um traço de união na zona do euro

STEVEN ERLANGER
DO “NEW YORK TIMES”

Enquanto os líderes da União Europeia se preparam para outra conferência de cúpula sobre a crise, crescem as preocupações de que a abordagem mais recente -que envolve ação potencialmente mais agressiva do BCE (Banco Central Europeu)- pode não bastar para estabilizar os mercados e preservar o euro.

A suposição vem sendo a de que, caso os líderes políticos se mostrem capazes de convencer os eleitores de seus países de que conseguirão impor mais disciplina fiscal e mecanismos de intervenção centralizada nos orçamentos nacionais, como exige a Alemanha, o BCE disporá do prazo de que necessita para adotar medidas mais agressivas de apoio à venda de títulos de dívida soberana espanhóis e, especialmente, italianos.

A ideia é que o BC possa inundar o mercado, derrubando os juros para patamares toleráveis e obtendo o tempo de que a Europa precisa para resolver seus problemas de dívida e reformar as economias retardatárias.

Mas, com a Europa derrapando em direção a uma recessão e o crescente ceticismo de que disciplina basta para corrigir os profundos desequilíbrios estruturais da zona do euro, as preocupações dos mercados se deslocaram de dúvidas quanto à solvência de países individuais para temores pela zona do euro como um todo.

Para Kenneth Rogoff, professor de economia na Universidade Harvard, o maior problema do euro não é tanto o dinheiro quanto a estrutura, ou sua falta. "Estamos falando de um profundo problema constitucional e institucional na Europa", disse Rogoff. "Não de um problema de financiamento."

Tradução de PAULO MIGLIACCI

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