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Busca de solução para crise é 'maratona', diz Merkel

VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou em discurso no Parlamento que a crise da dívida na zona do euro levará anos para ser resolvida e comparou a busca de solução a uma "maratona".

Mas voltou a insistir em que há um passo a ser tomado já, que é a mudança em tratados da União Europeia para dar à instituição mais poder para controlar as finanças dos Estados-membros.

Uma das propostas é que os Orçamentos dos países sejam aprovados primeiro pela UE -antes de ir para seus Parlamentos- com punição a quem não cumprir metas de redução de dívida e deficit.

O discurso de Merkel acontece às vésperas de mais uma "semana decisiva" para a região. Na segunda, ela se reúne com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, para tentar fechar o plano que deve ser apresentado na sexta em encontro dos líderes da UE.

"Deixo claro que vou a Bruxelas com o objetivo de mudar tratados", disse Merkel.

Pelos tratados atuais, os 17 países da zona do euro já são obrigados a manter deficit de até 3% do PIB e uma dívida que não ultrapasse o equivalente a 60% do PIB. Praticamente nenhum país cumpre -nem a Alemanha, com dívida na casa dos 80%.

A questão é que os tratados não preveem punição, e mudanças neles levam tempo. Mas, com o agravamento da crise, cresce a concordância de que precisam ser feitas.

O Reino Unido, por exemplo, sempre foi contra. Mas ontem, após reunião com Sarkozy, David Cameron, primeiro-ministro britânico, já parecia aceitar mudanças.

ITÁLIA E GRÉCIA

A próxima semana será importante também para dois países que estão no centro da crise europeia: Itália e Grécia.

Na Itália, o premiê, Mario Monti, apresentará pacote de corte de gastos e alta de impostos. Deve incluir reforma no sistema de aposentadorias e taxas sobre imóveis.

Na Grécia, o Parlamento apreciará na quarta novas medidas de austeridade.

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