Hillary promete US$ 1,2 milhão em ajuda a Mianmar

No último dia de sua viagem histórica a Mianmar, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, ofereceu ontem US$ 1,2 milhão de ajuda à sociedade civil do país.

Hillary disse que o valor será destinado a projeto de microcrédito, saúde e ajuda às vítimas de minas terrestres. "Estamos prontos a seguir ainda mais longe se as reformas continuarem", disse a chefe da diplomacia americana, durante coletiva à imprensa em Yangon.

Hillary, porém, frustrou as expectativas de que os EUA suspenderiam as sanções a Mianmar desde o fim da década de 1990. Ela destacou que o novo regime do país deve ampliar suas reformas para permitir o fim dos bloqueios econômicos.

Mais cedo, Hillary encontrou-se com a ativista birmanesa Aung San Suu Kyi para falar sobre os planos de democratização de Mianmar.

Hillary, que chegou a Mianmar na quarta-feira, foi recebida por Suu Kyi em sua casa de estilo colonial britânico situada às margens do lago Inya, em Yangon.

"É um grande honra para mim não só estar aqui, mas também conhecer todos vocês", disse a chefe da diplomacia americana na entrada da casa de Suu Kyi. Vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 1991, ela passou a maior parte dos 15 anos que esteve sob prisão domiciliar nesta casa herdada de sua mãe, que foi embaixadora de Mianmar na Índia.

Militante da Liga Nacional pela Democracia (LND), Suu Kyi deve se apresentar como candidata a uma das 46 cadeiras do Parlamento birmanês nas eleições do ano que vem. Os EUA ofereceram ajuda ao governo birmanês para prosseguir com o processo de reformas políticas iniciado neste ano após a dissolução do regime militar que governou o país durante cinco décadas.