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Empresa do Brasil está em lista de 'espiões' do site WikiLeaks

Suntech, de Santa Catarina, nega que pratique atividades ilegais

DE SÃO PAULO

Uma das 160 empresas acusadas pelo WikiLeaks de desenvolver programas de computador para governos realizar espionagem em massa das populações opera no Brasil.

A Suntech -que nega ter produtos ou serviços para fazer "grampos" em massa- funciona em Santa Catariana e já vendeu softwares para as principais operadoras de telefonia do país.

Algumas delas usam o software como ferramenta de segurança para fazer escutas legais solicitadas polícias, como a de São Paulo.

Oficialmente, os órgãos de polícia do Brasil dizem não fazer escutas em massa.

O WikiLeaks publicou 287 documentos que mostram como um ramo da indústria de inteligência se desenvolveu em 25 países para grampear telefones celulares, e-mails e páginas da internet.

Algumas delas desenvolveram até softwares que reconhecem vozes nos telefones de pessoas grampeadas, obtêm sua localização e enviam informações para ataques aéreos dos EUA.

Outras conseguem monitorar conversas simultaneamente de milhares de pessoas e identificar suspeitos por meio de palavras-chaves. A ferramenta, diz o WikiLeaks, é usadas por regimes autoritários para grampear ativistas.

Segundo Juliano Vasconcelos, gerente de marketing da Suntech, o WikiLeaks se equivocou ao incluir a empresa na lista, pois a empresa só trabalha com softwares para escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. "Não é monitoramento em massa".

O software seria uma "plataforma de mediação" que impede funcionários de empresas de telefonia a fazer escutas ilegais.

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