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"Responsabilidade ao proteger" pode aproximar Brasil e EUA

Independência brasileira ainda incomoda americanos, diz analista

DO RIO

O debate sobre o conceito da "responsabilidade ao proteger", proposto pelo Brasil ao Conselho de Segurança da ONU, pode ser uma oportunidade para o país e os EUA reduzirem suas divergências no tema dos direitos humanos, sugeriu Julia Sweig.

"Isso é uma abertura, e acho que seria legítimo para o embaixador [dos EUA em Brasília, Thomas] Shannon e a secretária [de Estado, Hillary] Clinton falarem: 'Vamos sentar e discutir'", disse a especialista do CFR.

A "responsabilidade ao proteger" complementaria a doutrina da "responsabilidade de proteger" civis de crimes contra a humanidade, invocada para a recente intervenção na Líbia. A ideia é que medidas de proteção não causem mais danos do que se pretende evitar.

Sweig disse que a "independência" brasileira ainda incomoda os americanos, que só agora estariam largando a "bagagem ideológica" da Guerra Fria, quando esperavam "deferência".

O diplomata Alfred Boll, do consulado dos EUA no Rio, negou que haja tal expectativa. Admitiu, porém, que os norte-americanos esperam do Brasil "uma visão de mundo semelhante".

"A expectativa de que somos parecidos e, portanto, vamos fazer a mesma coisa deve ser posta numa caixa e enterrada", disse Sweig.

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