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Zona rural mantém-se reduto governista

DO ENVIADO A NESVIZH

Apesar de denunciar as eleições como fraudulentas, nem a oposição nega que o presidente Alexander Lukashenko tem popularidade, especialmente fora de Minsk.

Um dos redutos oficialistas é Nesvizh, cidade de cerca 45 mil habitantes a 120 km da capital. Na região, ainda predomina o sistema de fazendas coletivas da era soviética, embora os trabalhadores agora tenham participação nos lucros e existam propriedades privadas.

Como em Minsk, as ruas ainda mantêm nomes da época soviética. A principal mudança foi a reforma e a abertura ao turismo de um castelo do século 16, que antes abrigava um sanatório.

"O presidente tem mais apoio no interior porque sua origem é humilde, por isso as pessoas gostam dele", diz Eugenia Adamovna, funcionária pública aposentada e ex-vice-prefeita da cidade, em entrevista na pequena sala de seu apartamento, que ostentava uma pequena TV antiga e livros de enciclopédia.

"Respeito a sua inteligência, a sua tradição e o que fez pelo país. O que existe é muita inveja dele", afirma.

Como a maioria dos moradores da região, ela se expressa em russo, língua privilegiada pelo governo. Já o bielorrusso é identificado como elitista e usado preferencialmente por oposicionistas.

Questionada sobre a diferença com a era soviética, Adamovna afirma que atualmente há mais liberdade e mais prosperidade.

Os funcionários públicos novos, diz, têm boas casas e carros: "Isso significa que estamos na direção correta, afirma". (FM)

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