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Cameron vai ao Parlamento e justifica veto

DE LONDRES

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu ontem no Parlamento sua decisão de vetar, na última sexta-feira, mudanças de tratados da União Europeia, o que deixou o país isolado.

Mas repetiu várias vezes que é de interesse do país -que não integra a zona do euro- fazer parte da UE. "O Reino Unido continua membro da União Europeia, e o que aconteceu na semana passada não muda isso."

A ausência mais notada no Parlamento foi a de Nick Clegg, vice-premiê, que não gostou do veto. Ele é líder do Partido Liberal Democrata, defensor da integração com a UE. Seu partido está no governo numa coalizão com os conservadores, cuja maioria critica o bloco.

Apesar de seu descontentamento, Clegg diz que a coalizão não está em risco. Cameron voltou a dizer que vetou a mudança em tratados porque não conseguiu salvaguardas para o setor financeiro do país.

O setor representa 9% da economia do Reino Unido e emprega 1 milhão de pessoas. Como comparação, o de manufaturas emprega 2 milhões e representa 10% do PIB britânico.

A grande crítica da oposição é que o veto não dá garantias ao setor.

Entre as ações estudadas pela UE está a criação de uma taxa sobre transações financeiras.

O Reino Unido se opõe por medo de que os bancos deixem o país para se instalar em outros lugares onde a taxa não existe.

Apesar de críticas da oposição, o discurso de Cameron parece ter acalmado os radicais do partido e os liberais-democratas.

Os primeiros nada falaram sobre um suposto referendo para decidir se o país deve permanecer na UE.

Já os "lib-dems" gostaram dos vários trechos em que o primeiro-ministro citou a importância de se manter no bloco. (VM)

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