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Atirador matou mulher antes de ataque

Policiais encontram corpo de mulher na casa Nordine Amrani, responsável pelos ataques em Liège, na Bélgica

Amrani tinha sido intimado pela polícia de Liège para prestar esclarecimentos sobre "atos imorais"

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O atirador de Liège, Nordine Amrani, 33, matou uma mulher antes de seguir em direção à praça Saint-Lambert, onde abriu fogo com um fuzil e lançou granadas contra a multidão -deixando três mortos e cerca de 120 feridos.

O corpo da mulher, uma faxineira de 45 anos, foi encontrado pela polícia com um tiro na cabeça na garagem da casa de Amrani.

Segundo os policiais, após esse primeiro assassinato, ele foi ao centro comercial de Liège realizar os ataques.

Dois adolescentes, um de 15 e um de 17 anos, alem de um bebê foram mortos.

Uma mulher de 75 anos e um homem de 20 foram retirados da lista de vítimas fatais divulgada anteontem.

Segundo Catherine Delcourt, porta-voz do governo de Liège, a mulher está internada, com poucas chances de recuperação. Delcourt não explicou a retirada do homem de 20 anos da lista. Disse porém, que outras quatro pessoas estão em estado grave.

Autoridades belgas disseram que Amrani se feriu com um estilhaço de granada e depois se matou com um tiro na cabeça após o atentado.

O atirador já havia sido condenado em 2008 a quase cinco anos de prisão por associação criminosa, posse ilegal de armas e por cultivar 2.800 pés de maconha na mesma garagem onde foi encontrado o corpo da mulher. Mas, em outubro, recebeu liberdade provisória.

Dias antes do ataque, Amrani foi intimado pela polícia a prestar esclarecimentos em um caso de abuso sexual.

Segundo o jornal belga "Le Soir", o advogado do atirador, Jean-François Dister, disse que seu cliente estava inquieto com a possibilidade de voltar à prisão. Ele deveria ter se apresentado à polícia no dia do ataque.

O primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, disse que o ato, "apesar de horrível", foi isolado e não estaria relacionado a qualquer motivação ideológica nem teria ligação com movimentos extremistas.

A imprensa local afirmou que Amrani era descendente de árabes.

Seu antigo advogado, Abdelhadi Amrani, (que não tem parentesco com o ex-cliente), disse que ele ficou órfão cedo e passou a infância em lares adotivos. Afirmou ainda que Amrani era uma "alma atormentada".

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