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Novo líder norte-coreano teria ido à Disney usando um passaporte brasileiro

Segundo jornal japonês, Kim Jong-un foi ao parque em Tóquio em 1991, com o pseudônimo Joseph Pak e documento do Brasil

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O novo líder norte-coreano, Kim Jong-un, teria visitado a Disneylândia de Tóquio secretamente quando era criança, usando um passaporte brasileiro.

Segundo informações do jornal japonês Yomiuri Shimbun -o maior diário do mundo, com circulação de 14 milhões de exemplares-, Jong-un estava acompanhado de seu irmão Kim Jong-chul.

Jong-un, que vem sendo chamado pela mídia local de "Grande Sucessor", entrou no Japão em 12 de maio de 91 e deixou o país 11 dias depois, usando passaporte brasileiro verdadeiro, levantando a possibilidade de que poderia ter sido roubado.

Ainda segundo o jornal, os dois tiraram visto para o Japão em Viena. Jong-un, com cerca de 8 anos, usou o nome Joseph Pak.

Os dois meninos foram acompanhados por cerca de dez adultos na viagem, provavelmente autoridades norte-coreanas que também levavam documentos de outros países. Não se sabe, contudo, se eram brasileiros.

Japão e Coreia do Norte não têm relações diplomáticas e Kim Jong-un não teria conseguido entrar no país com passaporte norte-coreano.

Um dos principais pontos de discórdia foram os sequestros sistemáticos de japoneses nas décadas de 70 e 80 por agentes norte-coreanos.

Outro irmão do novo ditador, Kim Jong-nam, que hoje tem cerca de 40 anos, foi expulso do Japão em 2001 depois de ter entrado no país com passaporte falso dominicano, também tentando ir à Disneylândia. Ele teria sido excluído da sucessão do pai depois desse incidente.

A Polícia Federal diz que não se manifesta sobre casos específicos. Durante a década de 90, a expedição de passaportes era bastante requisitada nas representações brasileiras no exterior.

Algumas emitiam o documento sem informar à sede da PF no Brasil -o documento, muito cobiçado pela aparência variada dos brasileiros, poderia ter chegado assim aos norte-coreanos.

A agência de notícias estatal norte-coreana noticiou ontem que a natureza estaria de luto pela morte de Kim Jong-il, que é objeto de um culto à personalidade. Em um lago famoso, "o gelo rachou com um ruído tão alto, sacudindo o céu e a terra".

Colaborou GUILHERME BRENDLER

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