Na Holanda, maioria deixaria a zona do euro se tivesse a opção

O país onde a história da União Europeia e do euro começou está pronto para abandonar a moeda única e se ver longe da interminável crise que atinge vários países da vizinhança.

A maioria dos holandeses declarou em pesquisa recente ser favorável a deixar o euro, caso essa opção fosse apresentada como uma possibilidade real.

Em fevereiro de 2012, o Tratado de Maastricht, cidade da Holanda onde foi assinado, completará 20 anos, e não há nenhum plano de comemoração sendo preparado pelas autoridades.

Algo bem diferente da efeméride de 15 anos e de 2009, quando pesquisas de opinião pública mostravam que mais de 80% dos cidadãos holandeses apoiavam o euro.

Também chamou a atenção da opinião pública uma declaração em programa de TV do ex-ministro das Finanças Hans Hoovervorst, afirmando que a melhor forma de olhar o euro hoje, do ponto de vista da Holanda, é "como um projeto falido".

Membros do próprio partido que governa o país, o Freedom Party, que comanda uma coalizão de centro-direita, também vêm soltando declarações desabonadoras em relação aos vizinhos europeus endividados.

No final de novembro, o atual ministro das Finanças da Holanda, Jan Kees de Jager, se uniu ao seus colegas alemão e finlandês para cobrar publicamente do FMI (Fundo Monetário Internacional) a "construção de uma barreira" para que os problemas do sul da Europa não os afetassem.

A economia holandesa encolheu 1,1% no último trimestre e deve crescer pouco mais de 1% em 2011.