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Tumor de Cristina é fácil de tratar e raramente mata

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE “CIÊNCIA E SAÚDE”

Enfrentar o câncer nunca é um passeio, mas as chances de Cristina Kirchner vencer a doença que afeta sua tireoide são elevadas, a julgar pelas informações divulgadas pelo governo argentino.

A presidente tem um carcinoma papilífero, tipo mais comum (corresponde a 90% dos casos) e menos agressivo de tumor na tireoide.

"O prognóstico é um dos mais favoráveis", resume Luiz Paulo Kowalski, diretor do Núcleo de Cirurgia de Câncer de Cabeça e Pescoço do Hospital A.C. Camargo (SP).

"Em tumores pequenos, sem metástase [espalhamento para outros órgãos], a chance de cura é de 98% a 99%", afirma Kowalski.

O tratamento, segundo ele, envolve principalmente a remoção cirúrgica da área afetada -em geral, a tireoide inteira é retirada.

A cirurgia pode ser complementada com a ingestão de uma forma radioativa do elemento químico iodo, usada para destruir eventuais "sobras" do tecido canceroso no organismo do paciente. O emprego de remédios quimioterápicos não é comum nesse tipo de câncer. Após o tratamento, o paciente precisará repor o hormônio que deixou de ser produzido pela tireoide.

Segundo Kowalski, a incidência dos tumores de tireoide tem crescido no mundo inteiro, inclusive no Brasil. A doença afeta mais mulheres do que homens e, normalmente, acomete adultas jovens, que ainda não chegaram à menopausa.

Por causa da baixa agressividade desse tipo de tumor, há discussões sobre se seria mais adequado apenas monitorar sua presença por algum tempo antes de partir para o tratamento.

"Mas isso vale mais para pacientes idosos", lembra o especialista. "Em pacientes jovens, com décadas de vida pela frente, o risco de o tumor crescer é grande", afirma.

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