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Egito promete suspender ações contra ONGs

Governo recua após Washington ameaçar com corte de US$ 1,3 bilhão em ajuda militar

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após sofrer pressão de Washington, o governo egípcio afirmou ontem a diplomatas dos EUA que não invadirá mais escritórios de ONGs, estrangeiras e locais, que dizem promover a democracia e os direitos humanos no Egito.

Anteontem, autoridades do país ocuparam escritórios de ao menos 17 grupos, em uma suposta investigação sobre financiamentos estrangeiros ilícitos.

Entre os alvos da operação estavam o NDI (Instituto Democrata Nacional, na sigla em inglês) e o IRI (Instituto Republicano Internacional) -instituições americanas financiadas pelos partidos Democrata e Republicano, respectivamente.

A reação americana foi dizer que o país está "profundamente preocupado" com as invasões e dar a entender que, se elas não forem interrompidas, o US$ 1,3 bilhão repassado anualmente ao Cairo, fruto de um acordo de ajuda militar, será cortado.

A embaixadora americana Anne Patterson exigiu da junta militar que comanda o país que as organizações possam retomar suas atividades.

Uma autoridade americana envolvida na negociação disse, sob anonimato, que a junta prometeu não só suspender a operação como devolver objetos e documentos apreendidos.

A agência de notícias oficial egípcia Mena disse que as organizações investigadas são suspeitas de ajudar na coordenação dos protestos que levaram à queda do ditador Hosni Mubarak em fevereiro e de criticar ações dos militares contra manifestantes.

O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, conversou ontem por telefone com o marechal Mohamed Tantawi, líder da junta militar. Após reafirmar a preocupação americana, agradeceu ao egípcio pela "rápida decisão de suspender as invasões".

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