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Emprego nos EUA mostra novos avanços

Menos americanos pedem seguro-desemprego e setor privado acelera contratações de pessoal, continuando retomada

Mais esperado, dado oficial sobre mercado de trabalho vai ser divulgado hoje, sob expectativa de melhora

DE WASHINGTON

Os EUA deram continuidade à toada iniciada no fim de novembro e anunciaram ontem mais sinais positivos no mercado de trabalho: os novos pedidos por seguro desemprego diminuíram na última semana do ano, e o setor privado contratou 80% a mais do que o esperado.

Segundo o Departamento do Trabalho, 372 mil americanos entraram na fila do seguro-desemprego na última semana de 2011, 15 mil a menos do que na anterior (considerados os números revisados e com ajuste sazonal).

Na quadrissemana, a média também caiu, embora mais discretamente, de 376,5 mil para 373,2 mil.

Paralelamente, a consultoria ADP informou ontem que as novas contratações no setor privado em dezembro chegaram a 325 mil no mês passado, superando a previsão de analistas citados pelo jornal "Financial Times", de 178 mil novas vagas no mês.

O setor privado tem puxado a lenta, mas constante recuperação no mercado de trabalho dos EUA (iniciada no fim de 2010), ante o enxugamento dos quadros dos governos devidos aos cortes orçamentários.

O índice de desemprego em novembro era de 8,6%, o menor desde março de 2009, e os números recentes alimentam a expectativa de que o próximo dado, a ser divulgado hoje, seja ainda menor.

Se a tendência se consolidar durante este ano, o presidente Barack Obama pode ganhar um impulso extra para sua tentativa de se reeleger em novembro, já que o bolso do eleitor é o principal fator na hora de votar.

O otimismo emana sobretudo do setor manufatureiro.

O Instituto de Gerentes de Fornecimento (ISM, pela sigla em inglês), uma consultoria que calcula o emprego no setor, anunciou nesta semana que seu índice ficou em 55,1 em dezembro -números acima de 50 indicam expansão nas contratações.

É o melhor desempenho desde junho de 2011 e, como lembra o comentarista financeiro Floyd Norris, do "New York Times", um alívio em um setor que desde 1997 não fecha o ano com contratações, afetado pela invasão das importações chinesas.

Já no setor de serviços, o índice avançou menos, de 52 para 52,6 em dezembro -a expectativa era de um aumento para 53 pontos.

Apesar dos números, porém, os mercados financeiros fecharam perto do zero.

O Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York e formado por 30 empresas, recuou 0,02%, com o recrudescimento das preocupações com a saúde dos bancos europeus em meio à crise.

Já o mais amplo S&P 500 (500 empresas formam o índice) avançou 0,3%, e o Nasdaq, que mede o desempenho do setor de tecnologia, ganhou 0,8%.

(LUCIANA COELHO)

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