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Sob pressão, Hungria diz que mudará sua Carta

União Europeia havia ameaçado ir aos tribunais contra Budapeste

Premiê Viktor Orban vem sendo criticado por organizações de defesa dos direitos civis por suposto viés autoritário

RAF CASERT
DA ASSOCIATED PRESS

A Hungria planeja modificar partes de sua legislação que suscitou ameaças de ação judicial por parte da União Europeia e preocupação ocidental com os direitos democráticos.

A informação foi divulgada ontem por um alto funcionário europeu, mas a promessa não acalmou os críticos.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, recebeu uma carta do primeiro-ministro Viktor Orban.

Na carta, o líder húngaro indicou "sua intenção de modificar a legislação em questão e trabalhar com a comissão" sobre queixas técnicas relativas à independência do Banco Central, ao Judiciário e à proteção de informações.

Após um debate acalorado de três horas no Parlamento da União Europeia, Orban disse que as objeções formuladas por Barroso sobre o Banco Central "não são uma questão de vida ou morte".

A carta foi enviada só horas antes de Orban enfrentar críticas contundentes do Parlamento Europeu e um dia depois de a comissão ter ameaçado levar Budapeste aos tribunais em função de algumas de suas novas leis.

"Estamos dispostos a levar em conta a posição da Comissão Europeia", disse Orban.

Teme-se que ele possa empurrar o país de volta ao autoritarismo, impondo controle sobre instituições cuja independência é protegida por tratados União Europeia.

Críticos acusam o governo de impor a aprovação de uma Constituição que visa redesenhar a Hungria com valores cristãos conservadores.

"Estamos lhe dizendo que o senhor está indo na direção de Chávez, Castro e todos esses governos totalitários e autoritários", disse o líder verde Daniel Cohn-Bendit.

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