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Homem que mandou capitão voltar vira herói

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Seu nome -e suas frases- estão estampadas nas redes sociais, nos jornais em todo o mundo, em camisetas. Aos 46 anos, o comandante Gregorio de Falco, da Capitania dos Portos, virou um herói ao falar grosso com o capitão Francesco Schettino depois de descobrir que este abandonara o navio pelo qual era responsável.

Depois que a gravação da conversa entre os dois foi divulgada na imprensa italiana, De Falco, que trabalha desde 2005 na sala de emergência do Porto de Livorno, cidade com cerca de 160 mil habitantes, ganhou fãs em todo o país.

"Ele ficou chocado ao ouvir a voz dele na televisão e continua dizendo que está espantado com essa reação", disse Andrea Gori, porta-voz do porto. Segundo Gori, ele acredita ter feito "o que qualquer guarda costeiro faria".

A mulher de De Falco, Raffaella, foi além do espanto e criticou a transformação do marido em celebridade.

"É preocupante que pessoas como meu marido, que simplesmente fazem o seu dever todos os dias, se tornem imediatamente ídolos, personalidades, heróis neste país. Não é normal", disse ao jornal italiano "Corriere della Sera".

Ao entrar em contato com Schettino enquanto ainda havia pessoas a bordo, De Falco mandou o capitão de volta para ajudar os passageiros.

Diante da recusa do comandante em obedecer, ele estourou: "Volte a bordo, caralho!".

A frase foi parar em camisetas, que já circulavam ontem por diversas cidades italianas. Na conversa, De Falco disse que faria Schettino "pagar" por ter abandonado seu posto.

Descrito como um profissional "humano" por colegas, De Falco confessou ao "La Repubblica" ter chorado quando soube que pessoas morreram tentado nadar até a costa. "Chorar não é fraqueza, é humanidade", disse.

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