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Retaliação iraniana desacelera comércio

DE TEERÃ

Se persistirem os obstáculos impostos aos exportadores brasileiros, o intercâmbio Brasil-Irã cairá em 2012, revertendo uma alta constante observada nos últimos anos.

Uma eventual queda afetaria principalmente o Brasil, já que as importações de produtos iranianos são irrisórias na corrente comercial.

De US$ 1,1 bilhão em 2008, as trocas saltaram para cerca de US$ 2,3 bilhões em 2011, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Mas o ritmo do avanço despencou no ano passado, num reflexo das dificuldades nas exportações relatadas pelas multinacionais brasileiras de carne, que respondem por cerca de um terço das vendas diretas ao Irã.

"Desde outubro de 2011, os importadores iranianos não têm obtido licenças de importação junto ao governo do Irã nem mesmo conseguido utilizar as licenças que recebem", diz Adriano Zerbini, gerente de relações com o mercado da União Brasileira de Avicultura.

"Isso prejudica o exportador brasileiro, pois gera incerteza no curto e médio prazos", afirma Zerbini.

Autoridades iranianas reclamam do saldo amplamente desfavorável na corrente comercial e buscam maneiras de aumentar as exportações em direção ao Brasil.

Mas além das aparentes dificuldades na esfera política, o comércio bilateral deve sofrer também com a intensificação das sanções financeiras ao Irã, que inviabilizariam remessas entre bancos iranianos e estrangeiros.

(SA)

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