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Levantamento indica expansão europeia pela 1ª vez em 5 meses

Estudo avaliou setores de serviços e manufatura na zona do euro

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

Pela primeira vez em cinco meses, uma pesquisa sobre serviços e manufatura na zona do euro indicou expansão econômica, superando expectativas do mercado.

O PMI (Índice de Gerente de Compras), segundo o qual valores abaixo de 50 demonstram contração e valores acima de 50 significam expansão, em janeiro chegou a 50,4. Em dezembro, o índice estava em 48,3.

Considerados isoladamente, apenas o setor de serviços está em expansão, mas também houve avanços na manufatura -área que representa aproximadamente um quarto do PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro.

Chris Williamson, economista-chefe da Markit, empresa responsável pela pesquisa, credita a estabilização do continente a uma alta nos números da Alemanha e a um crescimento modesto na França. Os demais países continuam em retração, mas com taxa média de queda menor.

O economista destacou que permanece cauteloso quanto a essa melhora, pois pode estar ligada a descontos para estimular vendas e queima de estoques, já que o número de novos negócios continuou a cair.

A notícia, interpretada como um sinal de que ainda é possível que a Europa escape da recessão neste ano, fez com que o euro chegasse a seu maior valor diante do dólar nas últimas três semanas.

Mas sinais de Portugal e Grécia fizeram com que sua cotação caísse durante o dia.

Embora o representante do grupo de credores privados da Grécia, Charles Dallara, diga estar confiante de que haverá um acordo, o mercado teme a inadimplência grega, especialmente depois que os ministros das Finanças da zona do euro recusaram anteontem uma proposta.

De acordo com o "Wall Street Journal", Portugal deve precisar no ano que vem de um novo socorro para quitar € 9 bilhões (R$ 20,5 bilhões) que vencem em setembro de 2013, pois há risco de que não consiga obter recursos no mercado de capitais.

No Reino Unido, onde a coalizão do premiê David Cameron busca a redução dos gastos públicos, a dívida pública chegou a 1,003 trilhão de libras em dezembro último, valor recorde desde 1993, quando começou a série histórica, e que equivale a 64,2% do PIB britânico.

Ainda ontem, a Organização Internacional do Trabalho divulgou que o mundo tem hoje 27 milhões de desempregados a mais do que em 2007, início da crise global, totalizando 200 milhões.

Desses, 74,8 milhões são jovens de 15 a 24 anos, 4 milhões a mais do que em 2007.

A entidade ainda alertou que 600 milhões de empregos precisam ser criados na próxima década para manter a coesão social e o crescimento sustentável.

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