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Ditador sírio faz ofensiva contra rebeldes próximo a Damasco

Violência cresce após Liga Árabe suspender observadores no país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIA

Forças do ditador sírio, Bashar Assad, iniciaram ontem uma operação para tentar retomar o controle dos arredores da capital, Damasco, reduto da oposição.

O número de mortos ontem pode ter chegado a 66, incluindo 26 civis, segundo relatos de ativistas.

Há dificuldades para a imprensa internacional verificar os relatos dos manifestantes, já que o acesso ao país está restrito.

O aumento dos conflitos entre rebeldes e as tropas regulares ocorre um dia depois de a Liga Árabe ter suspendido seu monitoramento no país por causa do aumento da violência.

O porta-voz do rebelde Exército Sírio Livre (ESL), comandante Maher Noueimi, afirmou que os confrontos com o Exército regular tinham se intensificado e se aproximado de Damasco.

Cerca de 2.000 soldados e 50 tanques das tropas de Assad teriam disparado contra áreas controladas por rebeldes no leste e no norte do país. Entre eles, os subúrbios ao redor da capital Damasco, como Kfar Batna, Saqba, Jisreen e Arbeen.

O maior número de vítimas se deu na província central de Hama, outro dos bastiões da oposição, e nos arredores de Damasco. Nessa área, houve violentos confrontos desde as primeiras horas da manhã e foram ouvidas várias explosões.

Dois jovens menores de idade teriam morrido em Kafr Batna pelos disparos das forças de segurança leais ao regime de Assad.

Por sua vez, a agência estatal Sana anunciou a morte de seis militares em um ônibus, depois de explosão de um artefato colocado por um "grupo terrorista".

Rami Abdul Rahman, diretor da entidade Observatório Sírio para os Direitos Humanos, em Londres, afirma que os combates de ontem foram os mais intensos registrados próximo à capital desde o começo do movimento de insurgência, no ano passado.

"Cortaram a eletricidade. Postos de gasolina estão vazios, e o Exército está impedindo pessoas de saírem para conseguir combustível para geradores e aquecedores", disse um ativista em Saqba à agência Reuters.

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