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Sarkozy anuncia impostos e defende competitividade

Governo francês pretende aumentar imposto cobrado sobre o consumo e reduzir os custos sociais das empresas

Presidente, que está atrás nas pesquisas eleitorais, pretende cobrar tributo sobre transação financeira

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Faltando três meses para a eleição e atrás nas pesquisas, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou ontem uma série de medidas, como o aumento do imposto sobre valor agregado e a criação de um tributo sobre transações financeiras.

O imposto sobre valor agregado (sobre o consumo) será elevado de 19,6% para 21,2% a partir de outubro, e essa alta será usada para financiar a redução das contribuições sociais dos empregadores.

O governo francês diz que os custos previdenciários dos trabalhadores tiram a competitividade das empresas locais, que acabam deslocando parte da sua produção.

"Eu quero que a França continue a ser um país da produção, eu quero manter as nossas fábricas", disse Sarkozy à TV francesa.

Ele também propôs a flexibilização tanto para os salários como para a jornada de trabalho.

Enquanto o desemprego na França era de 9,8% em novembro do ano passado, na Alemanha, que tem custos trabalhistas inferiores, a taxa ficou em 5,5%.

BANCOS

O presidente francês afirmou ainda que a Europa não está mais "à beira do precipício" e que, a partir de agosto, entrará em vigor no país uma taxa de 0,1% sobre as transações financeiras, conhecida como "taxa Tobin".

A aplicação dessa taxa vem sendo defendida por alguns governos desde a crise de 2008, quando diversos países tiveram que gastar bilhões de dólares para resgatar suas instituições financeiras.

Seus defensores dizem que ela é uma fonte de receita para compensar parte das perdas e também para financiar possíveis resgates no futuro.

Os críticos, porém, afirmam que ela pode provocar a fuga de investidores, que buscariam países que não a adotem. O Reino Unido é contra a taxa, enquanto Alemanha e Itália têm pregado cautela na sua adoção.

Sarkozy, que ainda não confirmou sua candidatura à reeleição, aparece com 20% das intenções de voto no pleito de 22 de abril. O seu principal concorrente, o socialista François Hollande, teria 28% dos votos.

A adoção do pacote de medidas anunciado ontem precisa ainda da aprovação do Parlamento e não está claro se ele conseguirá ser aprovado antes da eleição.

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