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Assad retoma áreas perto da capital e ataca cidade

Conflitos em Homs e nos arredores de Damasco matam pelo menos 28

Hillary critica ações 'brutais' do governo após suspensão da missão da Liga Árabe; ONU discute medidas

Sana/France Presse
Foto da agência estatal da Síria mostra caixões de cinco soldados que, segundo o governo, foram mortos por rebeldes
Foto da agência estatal da Síria mostra caixões de cinco soldados que, segundo o governo, foram mortos por rebeldes

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As forças do governo da Síria atacaram pesadamente a cidade de Homs, um dos focos da revolta -que já dura dez meses- contra a ditadura de Bashar Assad, e retomaram o controle de distritos a leste da capital, Damasco, que haviam sido dominados por desertores do Exército.

As informações foram divulgadas ontem por entidades oposicionistas que operam fora das fronteiras sírias. A censura imposta pelo regime de Assad à imprensa impede que elas sejam verificadas de modo independente.

Segundo os ativistas, a repressão recrudesceu na Síria depois que a Liga Árabe suspendeu, no fim de semana, sua missão de observação.

Grupos como o Observatório de Direitos Humanos na Síria e os Comitês de Coordenação Local falam em 190 mortes nos últimos cinco dias e em 28 civis mortos ontem.

Em Homs, houve relatos de ataques com metralhadoras no distrito de Baba Amr, que teriam deixado pelo menos 14 mortos. Segundo o Observatório, as forças de Assad retomaram os distritos de Ein Tarma e Kfar Batna e ontem lutavam contra os rebelados em Saqba e Arbeen -todos eles próximos da capital.

CONDENAÇÃO DOS EUA

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, voltou a condenar a escalada da repressão na Síria e chamou de "brutal" a ação do governo em áreas onde vivem civis.

Hillary e os chanceleres do Reino Unido e da França estarão hoje em Nova York, onde reunião da ONU discutirá a possibilidade de nova resolução visando conter a violência das forças de Assad.

Sob anonimato, um alto funcionário francês disse à agência Associated Press que o texto da resolução já tem o apoio de 10 dos 15 países-membros do Conselho de Segurança da ONU (cinco permanentes e dez provisórios).

Entre outros pontos, o texto exige que Assad leve a cabo plano de paz desenhado pela Liga Árabe e rejeitado por Damasco, que inclui sua saída do poder, transmissão do cargo ao vice e formação de um governo de "unidade nacional" em dois meses.

Porém a Rússia -que é membro permanente do Conselho de Segurança e tem poder de veto- continua rejeitando a resolução. Os russos alegam que ela pode abrir o caminho para uma intervenção armada na Síria, nos moldes do que aconteceu na Líbia, e dizem que já estão tentando mediar conversas entre o regime de Assad e os grupos de oposição.

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