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Análise

Estratégia das Forças Armadas pode se mostrar contraproducente

JAMES M. DORSEY
ESPECIAL PARA A FOLHA

Os esforços das Forças Armadas egípcias para explorar a violência ocorrida no jogo de Port Said, na quarta-feira, podem se provar contraproducentes.

Surgiram indicações de que as autoridades deveriam estar alertas quanto a supostos planos para causar confusão no jogo entre o Al Masry e o Al Ahly.

Mensagens transmitidas via Twitter antes da partida, bem como as análises das autoridades sobre os vídeos que retratam o incidente da quarta-feira, estão causando indignação entre os egípcios que não apoiam os torcedores mais militantes do futebol no país, conhecidos como "ultras".

As forças de segurança egípcias reduziram sua presença no estádio, como parte de uma manobra da polícia, vista como ligada a Hosni Mubarak, o presidente egípcio derrubado.

Muitos egípcios acreditam que seja parte de uma campanha para causar um racha entre os militantes e um público cansado de protestos, que deseja o retorno da normalidade para que o Egito possa retomar seu crescimento econômico.

Determinar se essa estratégia está funcionando dependerá da resposta que os "ultras" obtiverem ao seu apelo por marchas de protesto.

A sensação é de que a polícia e as Forças Armadas não cumpriram suas responsabilidades e de que a violência não foi espontânea.

JAMES DORSEY, pesquisador sênior na Universidade Tecnológica Nanyang (Cingapura), mantém o blog The Turbulent World of Middle East Soccer [o mundo turbulento do futebol do Oriente Médio].

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