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ONU anuncia que acabou a crise de fome aguda na Somália

Para organismo, no entanto, é preciso manter o estado de alerta

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A ONU anunciou ontem o fim da crise de fome na Somália, em razão das chuvas, de uma safra excepcional e da entrega da alimentos por agências humanitárias.

Porém, o organismo fez um alerta de que as condições ainda são precárias e que os próximos 90 dias serão cruciais para garantir que o país não regrida.

"Ainda há uma crise que afeta 2,4 milhões de pessoas [cerca de 31% da população] com alto risco de desnutrição e insegurança", disse o brasileiro José Graziano, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

"Caso não continuemos a dar apoio a essas pessoas, especialmente nos próximos três meses, até a temporada de chuvas de abril, elas não vão sobreviver, e teremos a fome de volta", acrescentou.

A ONU declarou situação de fome crítica em duas partes do sul da Somália em julho do ano passado, tomando por base os índices de desnutrição e de mortalidade, em meio à pior seca no país nos últimos 60 anos. Em setembro, o alerta de fome foi estendido para seis das oito regiões somalis.

O organismo calcula que dezenas de milhares de pessoas, principalmente crianças com menos de cinco anos, morreram de fome ou em decorrência de doenças relacionadas à má nutrição.

Agora, a situação no país passou a ser considerada pela ONU como de "emergência humanitária".

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