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Taxa de desemprego menor anima EUA

Taxa de 8,3% fica abaixo do que os analistas previam; Bolsa de NY atinge o nível mais alto desde maio de 2008

Criação de vagas na economia americana foi puxada pela indústria, que abriu 50 mil postos de trabalho em janeiro

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

A taxa de desemprego nos Estados Unidos registrou a quinta queda consecutiva e fechou em 8,3% em janeiro. É o menor nível desde fevereiro de 2009, quando começava o governo do presidente Barack Obama.

O mercado reagiu positivamente aos números. O índice Dow Jones, o mais importante da Bolsa de Nova York, subiu 1,23% e atingiu o nível mais alto desde maio de 2008.

O emprego é considerado o tema mais sensível para a recuperação da economia do país e tem permeado a campanha dos pré-candidatos à eleição presidencial de novembro deste ano.

A geração de vagas em janeiro foi puxada pela indústria, que criou 50 mil postos de trabalho. O setor tem sido um dos mais bem-sucedidos na economia americana.

Outro destaque positivo foi a expressiva queda no desemprego para a população negra. A taxa para afroamericanos caiu 2,2 pontos percentuais. Apesar da melhora, o indicador ainda está em patamar elevado: 13,6%.

Ao comentar o resultado, Obama disse que o país está no caminho certo para recuperar os empregos perdidos na recessão. Ele voltou a pedir ajuda do Congresso.

"A economia está mais forte. A recuperação se acelera e nós temos que fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para mantê-la caminhando."

Segundo análise do J.P. Morgan, o aumento na geração de vagas em janeiro foi sólido. No mês passado, o país criou 243 mil vagas, incremento de 19,7% ante o período imediatamente anterior. Mas o documento ressalva que o ganho salarial se mantém tímido, com avanço de apenas 0,2% em janeiro.

"O ganho no emprego deve abrandar a preocupação de que o ritmo de crescimento caia drasticamente neste trimestre", diz o banco.

A instituição se refere ao comunicado divulgado pelo Fed (banco central dos EUA) no fim de janeiro em que sinalizava crescimento moderado da economia para os próximos trimestres. Nos últimos três meses de 2011, o PIB dos EUA cresceu 2,8% (na taxa anualizada).

O resultado do emprego em janeiro foi melhor que o projetado pelos analistas, o que fez com que economistas colocassem o recente comunicado do Fed em dúvida.

Ian Shepherdson, da consultoria High Frequency Economics, escreveu que, se o ritmo do mercado de trabalho se mantiver, a taxa de desemprego deve cair mais rapidamente do que o Fed previu.

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