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Mortes sobem para 12 no Egito; Cairo volta a viver tensão

Em plena madrugada, centro da capital egípcia parece campo de batalha; manifestações prosseguiram ontem

Após tumulto em jogo de futebol, com 74 mortos, junta militar é acusada de conivência com a violência no país

MARCELO NINIO
ENVIADO ESPECIAL AO CAIRO

Já era alta madrugada no Cairo e o centro da capital egípcia permanecia com ares de campo de batalha, em meio à nuvem de gás lacrimogêneo atirado contra uma multidão enfurecida.

Ontem, a tensão no país se agravou e o número de mortos em confrontos entre a polícia e manifestantes nos últimos dias subiu para 12.

Desde a manhã de ontem, centenas de pessoas protestavam na capital exigindo a saída da junta militar que assumiu o poder após a queda do ex-ditador Hosni Mubarak, há quase um ano.

As manifestações tiveram início na quinta, em reação à morte de 74 pessoas em um jogo de futebol disputado na véspera. Os manifestantes acusam a junta de ser incapaz de controlar a violência -ou pior, ser cúmplice dela.

"Jogaram gás o dia inteiro, mas isso não afastou as pessoas", disse à Folha o farmacêutico Mohamed Nafedi, 23, boca e nariz cobertos por uma máscara cirúrgica.

No Cairo, houve nova tentativa de invasão do Ministério do Interior, que controla as forças de segurança.

O protesto foi liderado por torcedores do Al Ahly, o time mais popular do país.

Além dos mortos, cerca de 1.500 pessoas ficaram feridas no estádio de Port Said, onde o Al Ahly jogou contra o Al Masry, na quarta. A briga ocorreu após a partida, que o Al Masry venceu por 3 a 1.

Com agências de notícias

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