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Opositor rejeita participação de insurgentes

KAREN MARÓN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM DAMASCO (SÍRIA)

"Tanto o regime quanto os grupos armados irregulares estão manchados com sangue sírio. Não se pode enfiar o diabo numa garrafa", afirma Kadri Jamil, presidente do Partido da Vontade Popular, representante da oposição tolerada pelo governo sírio.

Jamil é uma das 33 personalidades que integram a comissão que deve redigir a nova Constituição. O texto, que deve ficar pronto no prazo de dois meses -por decreto assinado pelo ditador Bashar Assad-, é uma concessão aos manifestantes no país.

"A solução é a formação de um governo de unidade. Mas a participação do Conselho Nacional Sírio [a maior organização opositora síria no exílio] é impossível. Eles não têm representação no país. O CNS é composto por estrangeiros que nada têm a ver conosco."

"A oposição que está operando desde o exterior não é nacionalista. Ela atende a interesses ocidentais", afirma.

Ele diz que "o regime é responsável por essa situação" e que o país "explodiu".

Jamil insiste, também, que a frente política que ele representa rejeita a possibilidade de serem reproduzidos, na Síria, cenários semelhantes aos que foram vistos em Iraque, Líbia ou Iugoslávia, com a intervenção de forças internacionais. Por isso seu partido apoiou o veto de Rússia e China nas Nações Unidas.

Tradução de CLARA ALLAIN

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