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Sob pressão, Parlamento grego vota pacote hoje

Há protestos previstos contra cortes salariais

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

Sob pressão da União Europeia e críticas da população, o Parlamento da Grécia vota hoje a aprovação das medidas de austeridade exigidas para que o país receba um novo empréstimo.

Na sequência de dois dias de greve geral, os sindicatos prometem para hoje uma grande manifestação em frente ao Parlamento, na praça Sintagma, em Atenas.

Na sexta, a sigla de ultradireita Laos abandonou a coalizão do primeiro-ministro Lucas Papademos. Ele também perdeu cinco membros do gabinete, em desacordo com as medidas. Ontem, Papademos pediu aos partidos que votem com o governo.

"Este acordo decidirá o futuro do país. Um calote seria um desastre. Os padrões de vida sofreriam um colapso e, mais cedo ou mais tarde, levaria à saída do euro", disse o premiê, em discurso transmitido pela televisão.

Sem a aprovação do pacote de medidas de austeridade, que inclui uma redução de 22% no salário mínimo, o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional não liberarão o novo empréstimo, de € 130 bilhões, ao país.

A coalizão governista conta agora com 236 das 300 cadeiras do Parlamento, o que deve garantir que o pacote seja aprovado mesmo sem disciplina partidária total. O Laos, partido que saiu do governo, tem 16 representantes.

Sem um novo pacote de resgate, a Grécia não conseguirá pagar uma parte da dívida, de €14,5 bilhões, que vence em março e se tornará insolvente, correndo o risco de sair da zona do euro.

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