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Departamento de Estado nega ruído com o Brasil sobre Cuba

Diplomata diz que única divergência entre países é a 'abordagem'

DE WASHINGTON

O Departamento de Estado americano negou haver ruído entre Washington e Brasília sobre Cuba e afirmou que os dois países divergem apenas sobre a tática para alcançar um objetivo que diz ser comum: mais respeito aos direitos humanos na ilha.

"Ambos os países dividem o interesse em melhorar a situação de direitos humanos em Cuba, e pode ser que as abordagens sejam diferentes, mas, no fim, defendemos os mesmos valores", disse à Folha Michael Hammer, secretário-assistente interino de relações públicas do departamento.

"Quando há desentendimentos, é sobre tática."

Segundo Hammer, os Estados Unidos apreciam a visita de líderes estrangeiros a Cuba e esperam que eles levem uma "mensagem" ao regime dos irmãos Castro: "Estamos esperando que digam à liderança em Cuba que é hora de mudar, que eles estão atrás do resto do mundo em termos de liberdades e direitos básicos da população".

Em sua viagem a Cuba há duas semanas, a presidente Dilma Rousseff disse a jornalistas que falaria sobre direitos humanos na ilha contanto que se falasse sobre a situação em outros lugares, inclusive na prisão que os Estados Unidos mantêm em sua base em Guantánamo.

VISITA

Hammer, que viveu no Brasil na infância, de 1976 e 1978, enfatizou o que vê como bom momento da relação entre os dois países, expresso na visita que Dilma fará ao presidente Barack Obama, com data marcada para 9 de abril.

A viagem é retribuição à visita que Obama fez ao Brasil com a família ainda no início do governo Dilma, em março passado.

Os detalhes da agenda ainda não foram divulgados, mas o diplomata afirmou que ela deve incluir energia, educação e ambiente, além da missão militar de manutenção da paz no Haiti, da qual os dois participam.

O maior foco, porém, deve ser ambiente.

Segundo o diplomata, uma nova iniciativa na área deve ser anunciada por Dilma e Obama na Cúpula das Américas, na Colômbia, logo após o encontro. Ele não quis dar detalhes.

Hammer ainda insistiu no foco dos Estados Unidos em acelerar o processo de vistos de turismo e negócios a brasileiros.

No entanto, segundo ele, a isenção do documento ainda depende da redução dos candidatos rejeitados para menos de 3% (hoje são pouco mais de 4%) e do aval do Congresso americano.

(LUCIANA COELHO)

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