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Participação nas prévias favorece oposição

DA ENVIADA A CARACAS

A participação de mais de 3 milhões de pessoas, ou 17% do total do eleitorado, nas primárias da oposição da Venezuela anteontem dá impulso inédito à candidatura do vencedor Henrique Capriles contra um ainda favorito Hugo Chávez.

É o que disseram analistas políticos e do mercado ontem, enquanto os porta-vozes do governo venezuelano tentavam minimizar a importância da escolha.

Na TV e nas redes sociais, e para surpresa de muitos, chavistas colocavam em dúvida até o trabalho do órgão eleitoral, o CNE, que organizou a consulta. No passado, era justamente o contrário: a oposição questionava o trabalho dos juízes eleitorais.

"A oposição tem sua melhor chance de ganhar desde 1999. Chávez melhorou a aprovação, mas em 2006 falávamos de 25 pontos de vantagem para ele. Agora é apenas a metade", disse à Folha o analista John Magdaleno.

Nas pesquisas em que aparece o confronto direto entre Capriles e Chávez, as diferenças vão de 9 a 20 pontos.

"Capriles pode ter mais credibilidade para falar com os independentes, que decidirão a eleição, do que os que vieram antes dele", completa o analista.

Para Daniel Kerner, da consultoria Eurasia Group, esses atributos não serão suficientes, se Chávez continuar aumentando o gasto público a alavancando a economia.

"Capriles é novo e menos conectado com a desacreditada classe política pré-Chávez. É governador de um Estado importante e desfruta de altos índices de aprovação. Mas isso não é suficiente", escreveu.

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