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Honduras reduz para 355 cifra de mortos no incêndio em presídio

Número inicial era de 357; brasileiro chegou a ser dado como vítima

DIOGO BERCITO
DE SÃO PAULO

O número de mortos no incêndio desta terça-feira, no presídio hondurenho de Comayagua, foi revisto ontem. A cifra caiu de 357 para 355.

Zenik Krawctschuk, embaixador do Brasil, inicialmente confirmou que havia um brasileiro entre os mortos.

Procurado pela Folha, no entanto, o Ministério Público de Honduras afirmou que o brasileiro continua vivo.

"Dos quatro estrangeiros na prisão, confirmamos que o brasileiro e o salvadorenho estão vivos, e o nicaraguense e o mexicano, mortos", disse Melvin Duarte, relações públicas do Ministério Público.

A embaixada, no final da noite de ontem, afirmou que de fato o anúncio da morte havia sido um engano.

Hoje, funcionários devem visitar o brasileiro, condenado por tráfico de pessoas e abuso de menores, no presídio de Comayagua. Só então, diz Krawctschuk, haverá certeza definitiva de que ele vive.

DEBATE

O incêndio no presídio de Honduras levantou uma série de questões a respeito do sistema carcerário e dos procedimentos de emergência.

Um dos temas em discussão é a suposta demora de 40 minutos para que os bombeiros chegassem ao local.

Testemunhas dizem que o resgate atrasou porque as autoridades não encontravam as chaves das celas -em outra versão, porque propositalmente não quiseram abri-las.

Boa parte dos presos morreu nas celas, e será necessário analisar arcadas dentárias e DNA para identificá-los.

"As investigações serão feitas em diferentes vias", diz o relações públicas Duarte, incluindo "quais foram as situações que podem ter levado a algum tipo de atraso".

Outro ponto de debate é a superlotação. Com capacidade para 500 detentos, o presídio abrigava mais de 800.

Segundo divulgou ontem a agência de notícias Associated Press, 57% dos presos de Comayagua ou aguardavam julgamento ou estavam detidos por suspeita de serem membros de gangues locais.

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