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Sob acusações, presidente alemão renuncia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Sob pressão de uma série de denúncias de corrupção, o presidente da Alemanha, Christian Wulff, renunciou ontem ao cargo.

Anunciada na TV, a decisão ocorre um dia após procuradores pedirem a quebra de sua imunidade para que fosse processado.

"A Alemanha precisa de um presidente que possa se dedicar totalmente aos desafios nacionais e internacionais", disse Wulff, 52. "Os desdobramentos dos últimos dias e semanas mostraram que a confiança na minha capacidade de servir foi afetada. Por essa razão, não é mais possível que siga no meu papel de presidente."

As denúncias surgiram no fim de 2011, quando o tabloide "Bild" publicou reportagem segundo a qual Wulff havia omitido um empréstimo de € 500 mil obtido da mulher de um empresário quando ainda era governador do Estado da Baixa Saxônia.

A situação piorou quando ele ameaçou o editor do jornal com uma "guerra" caso publicasse a história. Desde então, outras revelações surgiram de que Wulff havia obtido de empresários favores ou vantagens indevidas.

Na Alemanha, o cargo de presidente é cerimonial. Porém, a renúncia é um golpe para a chanceler (premiê) Angela Merkel, que havia apoiado a candidatura de Wulff, e precisa liderar a reação à crise europeia.

Ontem, Merkel adiou uma viagem à Itália, onde teria conversas sobre a crise com o premiê Mario Monti.

Em breve declaração, ela lamentou a renúncia e disse que buscará um substituto de consenso entre os partidos.

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