Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Violência marca eleição para substituir o ditador do Iêmen

Ao menos nove pessoas morreram no sul do país, durante pleito

MARCELO NINIO
DE JERUSALÉM

Depois de um ano de protestos, os iemenitas confirmaram nas urnas o que buscavam: a saída do ditador Ali Abdullah Saleh, depois de 33 anos no poder.

Ele é o quarto ditador derrubado pela Primavera Árabe, como ficou conhecida a onda de protestos na região.

O voto de ontem foi protocolar, ratificando o acordo assinado com mediação do CCG (Conselho de Cooperação do Golfo) e o apoio dos EUA. Pelo acordo, Saleh recebe imunidade legal e passa o poder ao vice, Abd-Rabbu Mansour Hadi, candidato único.

A maioria da oposição foi a favor do pleito para dar um desfecho a meses de turbulência e encerrar a era Saleh, mas a violência continuou.

Ao menos nove pessoas foram mortas em ataques a tiros contra diferentes locais de votação no sul do Iêmen. Nessa região, o comparecimento foi baixo, por boicote ou medo de violência.

Rebeldes do norte, conhecidos como houthis, que aproveitaram da fraqueza do governo para estabelecer um Estado paralelo, também defenderam um boicote total.

O novo líder tem a incumbência de formar um governo de união nacional e preparar o terreno para eleições democráticas. Para Hadi, a votação é a chance de uma transição pacífica.

"Eleições são a única saída que parou o Iêmen no último ano", disse.

A transição por ora é parcial. Parentes do ex-ditador controlam o Exército e forças de segurança.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.