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Ataque mata 2 jornalistas em bastião rebelde sírio

Repórteres de EUA e França estavam em uma casa na cidade de Homs

Serviço de inteligência libanês diz ter provas de que bombardeio foi premeditado pelas forças de Bashar Assad

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Dois jornalistas ocidentais morreram ontem durante um bombardeio das forças sírias em Homs, no centro do país. O ataque matou 60 civis.

A americana Marie Colvin, repórter do jornal britânico "Sunday Times", e Rémi Ochlik, francês que fotografava para a revista "Paris Match", estavam num centro de imprensa improvisado no bairro de Baba Amr.

Ambos eram experientes em conflitos, com atuação em guerras e revoltas no Oriente Médio e na África.

Colvin, 55, era correspondente havia mais de 20 anos. Usava um tapa-olho após ser ferida em Sri Lanka, em 2001.

Em janeiro, Ochlik, que tinha 28 anos, recebeu um dos mais importantes prêmios internacionais de fotografia, o World Press Photo, por uma série de imagens feitas em março do ano passado durante conflitos na Líbia.

Estavam com Colvin e Ochlik sete ativistas e outros dois jornalistas, que foram feridos durante o ataque. Especula-se que sejam o fotógrafo inglês Paul Conroy, que trabalhava com Colvin, e a repórter francesa Edith Bouvier, do jornal "Le Figaro".

Em janeiro, Gilles Jacquier, também francês, foi o primeiro jornalista ocidental morto na Síria desde o início da revolta contra o regime do ditador Bashar Assad, em março do ano passado. Jacquier também estava em Homs.

Na semana passada, Anthony Shadid, repórter do "New York Times", morreu após um ataque de asma, quando tentava chegar a uma área do país dominada pela oposição a Assad.

A Cruz Vermelha fez um apelo ao governo sírio e aos rebeldes para que acordem um cessar-fogo. Assim, o resgate poderia chegar aos locais mais afetados.

ATAQUE PROPOSITAL

A inteligência do Líbano diz ter interceptado conversas pelo rádio entre soldados do Exército sírio que revelariam que foram dadas ordens de bombardeio ao local onde estavam os jornalistas.

Se os repórteres morressem, deveria parecer que haviam sido atingidos acidentalmente durante confrontos com grupos terroristas, segundo o governo libanês.

O governo sírio negou a acusação, dizendo que não sabia da presença dos jornalistas em Homs.

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