Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Ao menos 5 morrem no Afeganistão após queima do Corão

Manifestantes protestam contra destruição de livros sagrados dos muçulmanos em base militar dos EUA

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Confronto entre militares afegãos e manifestantes matou ao menos cinco pessoas e deixou dezenas de feridos, no segundo dia de protestos contra a queima de exemplares do Corão (livro sagrado muçulmano) na maior base dos Estados Unidos no país.

A agência France Presse estima que ao menos nove pessoas tenham morrido.

Armados com pedras, pistolas e pedaços de madeira e aos gritos de "morte à América", cerca de 2.000 manifestantes na capital afegã, Cabul, atacaram uma base militar e uma instalação próxima de onde moram trabalhadores estrangeiros.

A revolta começou anteontem, quando trabalhadores afegãos de uma base militar americana viram soldados colocando o Corão e outros livros religiosos em uma fossa onde é depositado o lixo para ser queimado.

Uma autoridade militar, que pediu para seu nome não ser revelado, disse ao "Guardian" que os livros foram retirados da biblioteca de uma prisão porque tinham mensagens que ou eram extremistas ou eram, aparentemente, usadas para facilitar a comunicação entre extremistas.

Tanto a Otan (aliança militar ocidental) como o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, pediram desculpas pela queima do Corão.

Apesar da manifestação dessas lideranças, os protestos não perderam forças e há o temor de que mulás (líderes religiosos) possam incitar a violência amanhã, no principal dia de oração semanal (sextas-feiras), quando mais pessoas vão às mesquitas.

O presidente Hamid Karzai, que deve falar hoje ao Parlamento, disse que a população tem direito de protestar, mas pacificamente.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.