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Oposição síria pede armas e ganha apoio Arábia Saudita diz que apelo é 'ótima ideia'; Reino Unido afirma que irá reconhecer insurgência como governo legítimo Encontro dos 'Amigos da Síria', na Tunísia, resulta em uma série de acenos positivos para a oposição na Síria
Membros da oposição síria pediram ontem que a comunidade internacional dê armas e munição aos grupos rebeldes, equipando a insurgência contra a repressão do regime de Bashar Assad. O apelo do Conselho Nacional Sírio, feito durante encontro do grupo autodenominado "Amigos da Síria", na Tunísia, recebeu aceno da Arábia Saudita. Saud al Faisal, ministro do Exterior, considerou o pedido "uma ótima ideia". "Eles têm de se proteger", disse. O Exército Livre Sírio, composto de desertores, já faz contrabando de armas no mercado negro. Mas não há, hoje, apoio militar formal da comunidade internacional. O regime de Assad reclamou repetidas vezes do que diz ser uma conspiração internacional para sua queda. A oposição síria recebeu outro sinal positivo ontem, após William Hague, chanceler britânico, ter dito que o país irá reconhecer a oposição como "representante legítima do povo sírio". Paralelamente, Ahmet Davutoglu, ministro do Exterior da Turquia, pediu que o restante do mundo encontre uma maneira de negar ao regime sírio "os meios com que perpetra atrocidades contra o povo". "Temos de encontrar modos de forçar um embargo de armas", afirmou. Outras nações fizeram propostas durante a reunião dos "Amigos da Síria", incluindo a sugestão de uma saída negociada de Assad -que poderia se exilar na Rússia. A liderança do Conselho Nacional Sírio, porém, mostrou-se decepcionada com o encontro e afirmou, ontem, que o evento não atingiu as expectativas do povo sírio. O Brasil participou do encontro enviando Luiz Eduardo Mayer Ferreira, número dois da sua embaixada na Túnisia (veja texto abaixo). Além da reunião dos "Amigos da Síria", a insurgência do país teve outra vitória diplomática, com a declaração do grupo palestino Hamas de que apoia a revolta no país. "Faço saudação ao povo heroico da Síria, que luta por liberdade, democracia e reforma", afirmou Ismail Haniyeh, líder do Hamas. Ao endossar os rebeldes, o Hamas deu as costas publicamente a Assad, aliado de longa data. Dessa maneira, o ditador perdeu um de seus únicos pontos de apoio sunita no mundo árabe, tornando-se ainda mais isolado. RESGATE Um porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirmou, ontem, que foi dado início à retirada dos feridos e adoentados em Homs, além de mulheres e crianças. A cidade, sitiada, está sob fogo intenso a mando do regime sírio. Morreram ali, na quarta-feira, o fotógrafo francês Remi Ochlik e a jornalista americana Marie Colvin. Segundo ativistas, morreram ontem na Síria ao menos 103 pessoas, nos embates. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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