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Brasil é cético sobre solução para crise e desaprova armar rebeldes

MARCELO NINIO
ENVIADO ESPECIAL A ISTAMBUL

Embora tenha participado do encontro de 70 países com a oposição síria em Túnis, o Brasil é cético quanto às chances de a iniciativa resolver a crise no país e acha péssima ideia dar armas aos rebeldes.

"Só aumentaria o derramamento de sangue", disse o embaixador Paulo Cordeiro, subsecretário de Oriente Médio e África do Itamaraty.

Além disso, a diplomacia brasileira entende que a divisão dos opositores não permite que o Conselho Nacional Sírio, grupo dissidente baseado na Turquia, seja apontado como interlocutor.

A onda de revoltas árabes foi o principal tema de um raro encontro em Istambul do chanceler Antonio Patriota com todos os embaixadores do Oriente Médio e do Norte da África. Para o Itamaraty, o redesenho da região exige uma nova estratégia para encarar os desafios e aproveitar as oportunidades de ganhos políticos e econômicos.

Após uma tentativa de solucionar o impasse numa missão a Damasco no ano passado com Índia e África do Sul, a sensação no Itamaraty é que o momento do diálogo na Síria passou, disse à Folha um diplomata.

Cada vez mais, a saída do ditador Bashar Assad do poder é vista na cúpula diplomática como um desfecho inevitável.

O problema, segundo o diplomata, é que não existe uma fórmula para garantir que sua saída não produza um caos ainda pior.

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