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Após adeus emotivo a Caracas, Chávez embarca para Cuba

Discurso à TV e carreata até o aeroporto marcaram a partida do presidente, a ser operado de possível câncer

Mandatário recebeu telefonemas de Dilma, Piñera e Santos; brasileira mandou recado de Lula ao colega

DE SÃO PAULO

De mãos dadas com a filha caçula, Rosinés, o presidente Hugo Chávez, 57, fez uma despedida emocionada em cadeia nacional antes de seguir para Cuba, para a retirada de uma "lesão", que poderia ser um novo câncer.

Depois, em carreata escoltada por batedores rumo ao aeroporto, ele abriu o teto solar do carro presidencial e, com uma imagem de Jesus Cristo pregada no para-brisa, acenou à multidão que acompanhava o cortejo.

No Palácio de Miraflores, o mandatário já havia citado o martírio de Cristo e seu herói Simón Bolívar, em discurso.

"Que venham as dificuldades adicionais, como a cruz de Cristo rumo à liberação definitiva da pátria."

Chávez disse que viaja com o "espírito fortalecido" pelas manifestações de apoio dos venezuelanos e que "nada nem ninguém tirará uma nova vitória patriótica" nas eleições de 7 de outubro.

"Batalharei pela vida, pela minha vida, que é a vida de vocês e a vida do país", afirmou, antes de bradar, ele mesmo, um emocionado "vida longa a Chávez!".

Ontem, no início da tarde, ele recebeu um telefonema da presidente Dilma Rousseff, a quem confirmou que a cirurgia será na próxima segunda-feira.

Dois dias antes, Chávez admitiu que a nova "lesão" poderia ser um câncer, já que está localizada na pélvis, região de onde foi retirado um tumor, há oito meses.

Além de desejar sorte, Dilma transmitiu uma mensagem do ex-presidente Lula de que este poderia ser "babá" do venezuelano, se ele precisasse. Chávez agradeceu e se disse confiante sobre a recuperação.

O presidente ainda conversou com os colegas Sebastián Piñera, do Chile, e Juan Manuel Santos, da Colômbia, antes de embarcar.

TUDO EM ORDEM

Segundo o próprio Chávez, ele pediu aos três mandatários que a "nova adversidade não atrase nem detenha nada". "Temos é que fazer avançar a marcha", disse.

Ele obteve anteontem aprovação da Assembleia Nacional da Venezuela para uma licença de mais de cinco dias para que inicie tratamento médico em Cuba sem se desligar da Presidência. Ele, no entanto, disse que fez questão de deixar "tudo em ordem" para seu vice, Elías Jaua, antes de viajar.

Ontem, Chávez ainda recebeu uma delegação chinesa.

Colaborou FLÁVIA FOREQUE, de Brasília

Com agências de notícias

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