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Estudo condiciona ritmo da China a reformas profundas

Banco Mundial recomenda maior papel para o setor privado

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

A China terá de fazer reformas profundas e se transformar numa verdadeira economia de mercado para evitar a estagnação, defende estudo do Bird (Banco Mundial) em parceria com o Centro de Pesquisa do Desenvolvimento do Conselho de Estado chinês.

"Devemos ser cautelosos com tendências lineares", disse o presidente do Bird, Robert Zoellick, em Pequim, após elogiar a média anual de crescimento de 9,9% nos últimos 32 anos. "Como os líderes chineses sabem, o atual modelo de crescimento é insustentável."

O estudo adverte que a China, com seu crescimento baseado em exportações e investimento estatal, corre o risco da "armadilha da renda média" -ou seja, não completar a transição de baixa para a alta renda per capita.

Pior: uma desaceleração repentina, diz o estudo, "poderia desmascarar ineficiências e responsabilidades de bancos, empresas e diferentes níveis de governo -até agora escondidas sob o véu do crescimento rápido- e poderia gerar uma crise fiscal e financeira". A consequência seria instabilidade social.

Uma das principais recomendações do estudo está em fortalecer os princípios da economia de mercado. Isso implicaria, entre outras mudanças, redefinir o papel dos bancos e empresas estatais, incentivar o setor privado e melhorar os "bens intangíveis", como regras mais bem definidas.

Os outros cinco "pilares" defendidos são: promover inovação e melhorar as regras de propriedade intelectual; promover o desenvolvimento verde; melhorar a igualdade de oportunidades e a rede de proteção social; fortalecer o sistema fiscal; e continuar a integração com mercados internacionais.

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