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Bancos europeus têm injeção de 530 bi de euros

Fundos são repassados pelo Banco Central Europeu sob a forma de empréstimos com baixas taxas de juros

Operação, a segunda desse gênero em três meses, beneficia 800 instituições; objetivo é conter crise da dívida

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

Em nova medida para conter a crise das dívidas soberanas dos países europeus, o BCE (Banco Central Europeu) repassou ontem ao setor bancário cerca de € 530 bilhões (R$ 1,2 tri), com empréstimos a baixas taxas de juros.

Essa é a segunda operação do gênero em três meses; em dezembro do ano passado, o BCE já havia disponibilizado € 489 bilhões aos bancos. Dessa vez, 800 bancos receberam os créditos, que podem ser pagos em três anos. Em dezembro, 523 bancos tomaram empréstimos.

A injeção de recursos é importante não apenas para o mercado financeiro, mas também para a economia real. Com os recursos do BCE, evita-se que o mercado interbancário (de empréstimos entre as instituições) fique sem liquidez, o que reduziria a oferta de crédito a empresas e consumidores.

A Itália foi um dos principais beneficiados pela primeira operação. O país, que tem uma dívida de cerca de 120% do PIB (Produto Interno Bruto), estava pagando juros crescentes para convencer os investidores a comprar seus títulos. O episódio foi um dos fatores que culminaram na queda do premiê Silvio Berlusconi, em 2011.

Em seguida ao empréstimo do BCE, os juros começaram a cair. Nesta semana, em leilão de títulos com vencimento em dez anos, chegaram a 5,5%, menor valor desde agosto de 2011.

GRÉCIA

O Parlamento da Finlândia aprovou ontem a participação do país no segundo pacote de resgate à Grécia, que inclui um empréstimo de € 130 bilhões. Dos 200 parlamentares, 111 foram favoráveis ao plano e 72 se opuseram a ele.

O país deve contribuir com € 1,25 bilhão no novo resgate à Grécia. Na segunda-feira, o Parlamento alemão também aprovou o auxílio.

Em Bruxelas, o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, se reuniu ontem com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso. A pauta incluiu um pacote de € 19 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos, para que a Grécia combata a recessão.

Com inspiração no Plano Marshall, que auxiliou a recuperação econômica da Europa após a Segunda Guerra, esses novos recursos viriam do Banco Europeu de Investimentos e de fundos da União Europeia.

Papademos disse confiar que o Parlamento grego aprovaria ontem mais uma série de medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais.

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