Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Análise Queda no ritmo chinês deve afetar crescimento da economia no Brasil ÉRICA FRAGADE SÃO PAULO A taxa de crescimento da China, principal parceiro comercial do Brasil, importa muito para o país. Menor crescimento na China deverá significar menor potencial de expansão também do Brasil. Mas isso não significa que o anúncio feito ontem pelo governo chinês de que buscará taxa de expansão mais modesta só terá consequências negativas para o Brasil e o mundo. Pelo contrário. A importância da decisão das autoridades chinesas é indicar que taxas de expansão superiores a 10%, impulsionadas por investimentos com cara de bolha, abrirão espaço para um modelo de expansão mais sustentável. Se o governo chinês for bem-sucedido em sua missão, isso não será ruim. Diminuirão os riscos de que a bolha de investimentos chinesa estoure, levando a uma desaceleração brusca do país. Esse é o lado positivo do anúncio para o Brasil, cuja dependência da robustez econômica chinesa aumentou bastante em anos recentes. O ponto negativo é o outro lado da mesma história. Muito do crescimento do Brasil em anos recentes se deveu à voraz demanda chinesa pelas commodities produzidas no país, que agora tende a perder força. Esse será outro fator a limitar a expansão da economia brasileira em um momento em que a Europa continua em crise. O objetivo do governo de crescer mais do que 4% se torna ainda mais difícil. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |