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Racha de republicanos faz da 'superterça' anticlímax

'Dia D' das prévias nos EUA, hoje, não deve definir rival de Obama na eleição

Para analistas, partido dividido faz eleitor desanimar; Romney é favorito em 2 dos 5 Estados de maior peso

LUCIANA COELHO
ENVIADA ESPECIAL A COLUMBUS (OHIO)

O que sempre foi o "Dia D" da temporada de prévias eleitorais nos EUA, com dez Estados votando, virou o retrato da fragmentação da oposição, mostram pesquisas.

Por isso, a expectativa de que a "superterça", hoje, defina quem disputará a Casa Branca com Barack Obama em novembro é quase nula.

O número de Estados em jogo, metade de 2008, também dificulta a consagração.

Dos cinco Estados de peso, dois devem escolher o favorito Mitt Romney: Ohio, o mais cobiçado, onde o ex-governador de Massachusetts avançou até dissipar a vantagem do ultraconservador Rick Santorum; e a Virgínia, onde concorre só com o deputado Ron Paul (os demais não se inscreveram a tempo).

O ex-presidente da Câmara Newt Gingrich deve levar a Geórgia, seu berço político. É o Estado em jogo hoje com mais votos na convenção partidária que elegerá o candidato em agosto, 76 -mas os retalha seguindo as urnas.

Desacreditado, Gingrich insiste que vencer ali é crucial para validar sua tática de sobrevivência, bancada por altas doações: uma caça aos votos na convenção, mirando grandes Estados com primárias em maio e junho.

Já Santorum, que chegou a superar Romney nas pesquisas nacionais, mas perde fôlego, espera vencer em dois Estados mais conservadores do sul, Tennessee e Oklahoma, onde o rival é rejeitado e mal fez campanha.

Mas é em Ohio que o ex-senador da Pensilvânia centrou fogo. Em Cincinnati, no mais conservador sul do Estado, exortava pouco mais de cem simpatizantes no sábado a acreditar em suas chances.

"O outro candidato no páreo aqui é especialmente desqualificado para enfrentar Obama", dizia, em discurso criticado por membros do partido como fratricida.

Não há pesquisa confiável nos Estados de Idaho, Dakota do Norte, Alasca e Vermont. Massachusetts, pró-Obama, deve preferir Romney, seu ex-governador.

"Grandes nomes republicanos, como Jeb Bush [ex-governador da Flórida] e Sarah Palin [ex-candidata a vice-presidente], pularam fora neste ano por acharem impossível unir o partido", disse à Folha Herbert Weisberg, cientista político da Universidade Estadual de Ohio.

"Com isso e a campanha dominada pelo discurso negativo, o eleitor desanimou."

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