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Espanha tem recorde de crédito duvidoso

Taxa de 7,91%, a maior desde 1994, mostra fragilidade da economia e deve elevar ainda mais cautela dos bancos

Desemprego de 23,3 % é o maior da zona do euro, segundo dados da agência de estatísticas da União Europeia

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

A taxa de créditos bancários considerados de recuperação duvidosa na Espanha chegou em janeiro a 7,91%, seu maior nível desde 1994.

Esses dados, divulgados ontem pelo Banco da Espanha, indicam a fragilidade da economia do país.

O total de créditos nessa categoria chega a € 140 bilhões. Em 2006, o número era bastante inferior: apenas € 11 bilhões eram considerados duvidosos. No fim de 2008, apenas 3,37% dos créditos do país estavam nessa situação.

A economia espanhola está em recessão e o nível de desemprego já é o maior da zona do euro -23,3% em janeiro, segundo a agência de estatísticas da União Europeia.

Com o desemprego, aumentam as probabilidades de os tomadores de empréstimos não honrarem seus compromissos. Isso faz com que os bancos sejam mais cautelosos na liberação de crédito.

Foi para evitar esse cenário que o Banco Central Europeu promoveu recentemente dois grandes empréstimos, que chegam a cerca de € 1 trilhão no total, a bancos com juros baixos, de modo a estimular a economia.

GRÉCIA

Ontem, enquanto o Parlamento votava o novo empréstimo à Grécia -que acabaria aprovado, à noite, por 213 votos a 79-, a agência Associated Press divulgou documento da "troica" (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) colocando em dúvida a recuperação do país.

Os credores avaliam que, mesmo com o empréstimo de € 130 bilhões, o perdão de parte da dívida em poder de investidores privados e medidas de austeridade, a Grécia precisará de mais recursos.

Havia também o temor de que os políticos não se comprometessem com as reformas no ritmo desejado.

O resgate tem o objetivo de reduzir a dívida grega, hoje em quase 170% do PIB, para 120% no ano de 2020, mas o relatório já admite que é possível que essa relação chegue a 145,5%.

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