Conhecido por trabalho em saúde pública, indicado tem 'lado pop'

Jim Yong Kim, candidato dos EUA ao Banco Mundial, traz no currículo três destaques: um reverenciado trabalho em saúde pública; acusações de negligência ante trotes violentos no Dartmouth College, que dirige, e um pendor para o pop.

Kim nasceu em Seul em 1959, migrou para os EUA com a família aos cinco anos e comanda a tradicional universidade em New Hampshire desde 2009. Por duas décadas, lecionou na Escola Médica de Harvard, com ênfase em medicina social.

Em 2004 e 2005, chefiou o importante departamento de Aids da Organização Mundial da Saúde, em Genebra, em que foi também conselheiro do diretor. Nos anos 90, fundou a Partners in Health, organização que atua em países em desenvolvimento.

"Jim é um líder extremamente dinâmico, que fez um trabalho pioneiro na ajuda médica aos necessitados, sobretudo no Haiti", diz o físico brasileiro Marcelo Gleiser, colunista da Folha, que leciona em Dartmouth.

Há controvérsias. Alguns professores o acusam de negligência com as "fraternidades" (clubes de alunos tradicionais nos EUA, majoritariamente masculinos) e uma onda de trotes violentos, que inclui acusações de abuso.

"Ele pôs panos quentes em casos de trote, e as alunas feministas do campus o desprezam", disse uma ex-professora à Folha.

As acusações foram registradas pelo respeitado jornal "Boston Globe" e pelo próprio jornal de Dartmouth.

Outros professores, porém, o defendem. Anteontem, véspera de sua indicação por Obama, o reitor enviou e-mail a docentes e alunos no qual condena as "fraternidades", põe a questão como prioridade e lista medidas.

Mas foi seu lado pop que tomou a internet. Circunspecto à primeira vista, Kim protagoniza, de camiseta que pisca e pulseira de neon, uma apresentação da canção "Time of Your Life" no show de talentos do campus, no fim de 2011. Canta rap. (LC)

Veja Kim dançando

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