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Atirador da França teria recebido 20 disparos

Informação seria de autópsia feita no corpo de Mohamed Merah, 23

De acordo com fontes judiciais, exame aponta que houve dois disparos letais, um na testa e outro no abdômen

Jean-Paul Pelissier/Reuters
Policial francês da força de elite olha pela janela do apartamento de Mohamed Merah em Toulouse (sul da França)
Policial francês da força de elite olha pela janela do apartamento de Mohamed Merah em Toulouse (sul da França)

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A autópsia realizada no corpo de Mohamed Merah, morto anteontem após um cerco policial de 32 horas em seu apartamento em Toulouse, mostrou que ele foi alvo de ao menos 20 tiros, a maioria nos braços e nas pernas, segundo fontes judiciais ligadas ao caso, citadas anonimamente pelo jornal "Le Parisien" e pela agência de notícias Associated Press.

Ainda segundo essas fontes, dois disparos foram mortais: um na têmpora esquerda e outro no abdômen.

Se confirmadas, as informações mudam a versão oficial do governo de que Merah morreu de um disparo na cabeça feito por um atirador de elite quando tentava fugir.

Merah, 23, era buscado por uma série de ataques que deixaram sete mortos, entre eles três crianças de uma escola judaica, em Toulouse e Montauban (sul da França).

Outra fonte próxima às investigações disse que não há evidências de que ele tivesse um elo com a Al Qaeda ou uma ordem da rede terrorista para realizar seus ataques.

Ontem, o premiê François Fillon saiu em defesa da atuação da polícia e dos serviços de inteligência no caso.

Fillon elogiou o fato de as forças de segurança terem localizado Merah dentro de dez dias após o primeiro crime, em 11 de março, e disse que não havia elementos que permitissem à polícia prendê-lo antes que a série de assassinatos tivesse começado.

"Não existe, em um país como o nosso, o direito de manter sob permanente vigilância, sem decisão judicial, alguém que não tenha cometido uma ofensa. Vivemos em um país sob o Estado de Direito", disse.

Ontem, cerca de 4.000 pessoas se reuniram no centro de Toulouse para uma homenagem às vítimas de Merah.

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