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Merkel aceita colocar mais dinheiro em fundo europeu

Alemã concorda em levar a € 700 bi pacote de resgate de países endividados

Chanceler relutava por temer resistências em seu país a contribuir com mais recursos para ajudar Grécia e outros

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

Depois de inúmeros adiamentos, a Alemanha enfim se comprometeu publicamente a aumentar o volume dos fundos para a zona do euro resgatar países em crise. Ainda assim, em menor escala do que o mercado e as autoridades europeias desejavam.

Ontem, a chanceler Angela Merkel declarou que seu governo fará uma proposta de aumento dos fundos europeus de resgate para € 700 bilhões, sendo que € 200 bilhões já estão comprometidos em empréstimos a Grécia, Portugal e Irlanda.

O desejo da Comissão Europeia era alcançar € 940 bilhões em recursos, mais que dobrando o volume atual, de € 440 bilhões. Se descartados os empréstimos atuais, haveria € 740 bilhões disponíveis.

Isso seria alcançado pela combinação do provisório Fundo Europeu de Estabilidade Financeira e do Mecanismo de Estabilidade Europeu, fundo permanente que passa a funcionar em julho e deverá dispor de até € 500 bilhões em recursos.

Merkel tem resistido ao aumento do volume de dinheiro disponível nesses fundos por temer a reação dos parlamentares alemães, inclusive dos integrantes de sua coalizão, à necessidade de o país disponibilizar mais dinheiro para a zona do euro.

Por outro lado, a comunidade internacional a pressionava a aceitar esse aumento, defendido inclusive pelo governo americano e pelo Fundo Monetário Internacional.

Esses recursos são importantes para evitar um calote da dívida nos países mais afetados pela crise, o que levaria a um contágio nos outros países, pois o setor bancário europeu está repleto de títulos de dívidas nacionais.

Pela proposta de Merkel, o limite de € 700 bilhões seria temporário e voltaria a € 500 bilhões no meio do ano que vem. Em compensação, aceleraria a integralização do capital do Mecanismo Europeu de Estabilidade, que já começaria com mais dinheiro.

Os ministros das Finanças da zona do euro devem chegar a uma decisão nesta sexta-feira, quando se reunirão em Copenhague.

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