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Igreja contorna a censura com seu centro cultural DA ENVIADA A HAVANAUma imagem do papa Bento 16 cobre a fachada da Catedral de Havana. Mas nem "a capital vestida de gala", como citou a agência oficial, nem as centenas de cartazes alusivos à visita mostram a extensão do espaço público obtido pela igreja, especialmente desde a chegada formal de Raúl Castro ao poder, em 2008. Se a força tampouco surge na forma de comparecimento de fiéis, a presença e a influência católicas aparecem nas iniciativas editoriais livres da censura direta estatal ("Palabra Nueva", "Espacio Laical") e na criação recente de um centro cultural. O Centro Félix Varela, inaugurado em 2011, promove inéditos debates e conferências em que convivem integrantes do governo e dissidentes -ainda que críticos digam que apenas os discordantes "mansos" do regime são convocados. A iniciativa abarca cubanos de fora da ilha. O empresário cubano-americano Carlos Saladrigas, milionário de enfática militância anticastrista, participará de debate no centro na próxima sexta-feira. O empresário disse em 2011 à "Palabra Nueva" querer ajudar as "mudanças sociais" em Cuba. Saladrigas, que admite haver tentado impedir fiéis de Miami de irem ver o papa João Paulo 2º em Cuba em 1998, se diz arrependido. Ele está em Havana para seguir Bento 16. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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