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Dilma pede aumento de comércio e mais parcerias com os indianos Presidente encerrou fórum empresarial em Nova Déli, capital do país CLÓVIS ROSSIENVIADO ESPECIAL A NOVA DÉLI A presidente Dilma Rousseff voltou mais de 500 anos no tempo para apoiar sua ideia de que o século 21 será o século de Brasil e Índia. Ao encerrar o fórum empresarial dos dois países, a presidente citou a "Carreira da Índia" para manifestar sua esperança de que ela seja retomada agora, no bojo da parceria estratégica Brasil-Índia. Carreira da Índia era a ligação marítima anual entre Lisboa e Goa (possessão portuguesa no subcontinente indiano), iniciada em 1497, após a descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, e seguiu até o século 19. Era essa rota que Pedro Álvares Cabral deveria seguir, em 1500, mas acabou afastando-se da África o suficiente para descobrir o Brasil. Dilma propõe agora que Índia e Brasil se redescubram pela via do aumento do comércio, dos investimentos e da cooperação -proposta que expôs aos empresários e ao premiê Manmohan Singh, com quem se reuniu. No comércio, o empenho de ambos será elevar as trocas dos atuais US$ 9,2 bilhões para US$ 15 bilhões em 2015. Em investimentos, o propósito é o de que firmas indianas aumentem sua presença no Brasil além das 33 que já atuam no país diretamente ou na forma de joint ventures. É óbvio que a rota inversa deve ser percorrida pelas firmas brasileiras. Mas a presidente deu ênfase à área de ciência e tecnologia -dos seis acordos assinados ontem, a maioria refere-se a esse ramo, em que a Índia tem prestígio. O principal é no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras, que pretende colocar 100 mil estudantes e pesquisadores brasileiros em instituições no exterior até 2014. Na fabricação de fármacos, Dilma propõe "uma grande parceria, com o uso da tecnologia mais avançada". Outra proposta de cooperação seria entre a Embraer e a DRDO (Organização de Pesquisa e Desenvolvimento em Defesa) para fabricar aeronaves com sistemas de radar desenvolvidos pela Índia. A DRDO, vinculada à Força Aérea indiana, é responsável pelo desenvolvimento de tecnologia para uso militar. Se houver cooperação com a Índia no caso da compra dos caças franceses Rafale pela Força Aérea Brasileira, ela se dará por meio da DRDO. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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