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Rio +20

Nobel defende que 'índice de felicidade' seja criado

Economista Joseph Stiglitz diz que evento no Rio precisa debater alternativa ao PIB

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

A Rio+20 deve avançar na discussão do desenvolvimento sustentável mesmo sem o apoio dos EUA, disse o Nobel de Economia Joseph Stiglitz, após debate na ONU sobre formas de medir o bem-estar e a felicidade das nações.

A ideia de Felicidade Interna Bruta, uma alternativa ao PIB para detectar níveis de saúde mental e física das populações, deve ser discutida na conferência que será realizada em junho, no Rio.

"É um bom momento [para discutir felicidade]. Nossas velhas métricas são muito ruins", disse o economista.

Segundo Stiglitz, o grande erro dos EUA foi não atentar para um crescimento baseado em dívidas. "Erro ainda maior é não entender que esse crescimento não é sustentável ambientalmente."

O economista criticou a falta de compromissos americanos com temas ambientais. Para ele, será difícil que os EUA assumam metas na Rio+20. "É importante para o resto do mundo ir adiante mesmo sem os EUA, e acho que os países têm que impor sanções aos EUA."

Jeffrey Sachs, ex-candidato à presidência do Banco Mundial, disse que é importante que os países na Rio+20 discutam o conceito de Felicidade Interna Bruta. O documento que guiará as discussões na conferência afirma que o PIB é insuficiente para embasar políticas que visem aumentar o bem-estar.

Os encontros sobre felicidade feitos pela ONU nesta semana são organizados pelo Butão, país que desde 1970 tem alternativas para medir o bem-estar da população.

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