Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Polícia realiza busca em imóvel do vice argentino

Justiça procura provas em investigação de suspeita de tráfico de influência

Amado Boudou postou mensagem enigmática no Twitter a respeito do episódio, que Cristina Kirchner não comentou

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

Oficiais da gendarmeria (polícia especial militarizada) estiveram ontem no apartamento do vice-presidente argentino, Amado Boudou.

Os agentes cumpriam determinação do juiz Daniel Rafecas, em investigação de suspeita de tráfico de influências envolvendo o vice.

Boudou teria favorecido uma gráfica falida, a Ciccone Calcográfica, de seu amigo Alejandro Vanderbroele. Por conta da atuação do vice, a empresa teria sido salva da falência e feito contratos para imprimir a moeda argentina e panfletos da campanha de Cristina à Presidência.

O apartamento, no luxuoso bairro de Puerto Madero, pertence a Boudou, mas está alugado para Fabián Carosso Donatiello, um empresário sócio e amigo de Vanderbroele, que vive na Espanha. Boudou mora a algumas quadras do local.

O vice de Cristina está na mira da imprensa opositora há dois meses, quando surgiram as primeiras denúncias, por meio da ex-mulher de Vanderbroele, que acusou o ex de ser testa de ferro do vice. Ontem, durante todo o dia, o assunto foi destaque na imprensa argentina, que fez plantão diante do edifício.

Até agora, Boudou não deu explicações públicas sobre a situação. Apareceu apenas no programa governista "6, 7, 8" fazendo críticas ao jornal "Clarín". A presidente também não se pronunciou sobre o caso.

Ontem, ambos estavam num ato oficial, em Bariloche, quando a operação foi levada a cabo.

No final do dia, Boudou colocou a seguinte mensagem em sua conta no Twitter: "Estão fazendo uma busca na minha casa. O cachorro late".

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.